Ontem fui ao
cinema ver "O Jogo de Imitação", em inglês Imitation
Game, nomeado para oito óscares.
Alan Turing
lidera um grupo de intelectuais com o objectivo de conseguirem decifrar o indecifrável
código da Enigma, a máquina utilizada como meio de comunicação pelos alemães na
Segunda Guerra Mundial. O problema é que o código tem 159 milhões de
hipóteses diferentes todos os dias. Turing idealiza uma máquina, que, segundo ele conseguiria ler as mensagens dos alemães, que estudou rigorosamente, e começa a contrui-la praticamente sem apoio e com toda a gente a duvidar dele, até
mesmo os próprios colegas
Persistiu e após vários anos conseguiu decifrar o código. O grupo de matemáticos e cientistas conseguia saber o que os alemães comunicavam uns com os outros diariamente. E, como disse Turing, surgia agora a parte mais difícil: decidir quem morria e quem vivia. Eles tinham nas mãos deles a responsabilidade de controlar ou não alguns ataques - se controlassem muitos, os alemães perceberiam que eles tinham decifrado o código, por isso optaram por controlar apenas alguns. Até ao fim da guerra, conseguiram salvar 14 milhões de pessoas.
Persistiu e após vários anos conseguiu decifrar o código. O grupo de matemáticos e cientistas conseguia saber o que os alemães comunicavam uns com os outros diariamente. E, como disse Turing, surgia agora a parte mais difícil: decidir quem morria e quem vivia. Eles tinham nas mãos deles a responsabilidade de controlar ou não alguns ataques - se controlassem muitos, os alemães perceberiam que eles tinham decifrado o código, por isso optaram por controlar apenas alguns. Até ao fim da guerra, conseguiram salvar 14 milhões de pessoas.
Para além de
tudo isto, o filme relata, em paralelo, o conflito que Alan viveu dentro de si
desde jovem. Em 1952, as autoridades britânicas entram em casa deste herói de
guerra acusando-o de atentado ao pudor por ser homossexual, o que na época era
considerado um crime. Em vez de condenado a pena de prisão, obrigaram-no a
tomar estrogénios, hormonas femininas, que o afectaram física e
psicologicamente, levando-o a cometer o suicídio aos 41 anos. Quando as
autoridades o incriminaram, mal sabiam que estavam a acabar com a vida do
grande pioneiro da computação moderna.
É de destacar
a impressionante persistência de Alan e a sua inteligência que se reflectiu
numa enorme coragem. Desde muito novo ele era posto de parte pelos amigos à
excepção de um, Christopher, por quem ele tinha uma grande admiração e que veio
a morrer muito jovem. Mesmo sentindo-se sozinho, ele lutou pelo que acreditou,
sem medo, e enfrentou pessoas hierarquicamente muito acima dele por acreditar
que “às vezes são aqueles de quem ninguém espera nada que fazem as coisas menos
esperadas”. O filme toca também em temas como a violência, enquanto acto de
satisfação do qual posteriormente não se retira nada, e as relações entre os
Homens.
Revi-me
nalgumas das suas atitudes, principalmente no facto de se desafiar a ele
próprio constantemente e de tentar ser sempre melhor que ele mesmo. Este
filme é como uma bibliografia de um herói, um verdadeiro exemplo de Homem. Posso dizer que foi um dos melhores filmes que já vi.
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