Boyhood


O que me deu vontade de ir ver este filme foi a forma como Richard Linklater pegou num grupo de actores para filmar um só filme durante 12 anos. Os actores são sempre os mesmos ao longo dos 12 anos de gravações e é interessante ver, principalmente no protagonista, Mason, o seu crescimento, não só enquanto personagem mas também na sua vida real. Começa com 6 anos e vai até aos seus 18 anos, quando entra na faculdade. O filme retrata as dificuldades que o jovem passou, ao adaptar-se ao divórcio dos pais, mudanças de casa, escola, amigos e até mesmo de família.

O filme não tem propriamente momentos marcantes, com excepção da separação da mãe de Mason do seu segundo marido por violência doméstica. É bastante monótono e não há muitos momentos de verdadeira emoção, nem mesmo no fim. Por isso, este é um filme para o qual é precisa alguma “paciência”, tendo em conta que é um filme longo e calmo. Contudo, acho que essa foi uma intenção do realizador. Linklater quer enfatizar o processo de crescimento e a evolução, como acontece com um rapaz qualquer da nossa sociedade.

Tendo em conta que tenho a mesma idade que o protagonista, identifiquei-me com alguns pormenores que foram aparecendo ao longo do filme, como os jogos, por exemplo os Gameboy. Penso que este filme tem também, de certa forma, um carácter documental.

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