Infelizmente, o assunto do qual vou falar é inevitável. Faleceu Manoel de Oliveira, o homem mais marcante na história do cinema português e, até falecer, o cineasta mais velho em actividade do mundo. Com 32 longas-metragens, marcou os portugueses e o mundo não só pelos seus filmes, mas principalmente pela sua força e ensinamentos. Apesar dos seus filmes nunca terem sido um grande sucesso, não deixou de ser considerado um "pai" na evolução da sétima arte.
Mesmo tendo falecido com 106 anos, não posso dizer tenha sido prevísivel e esperada. Creio que já todos estávamos habituados à sua jovialidade inesgotável e, que nos dava a sensação de ser eterna, principalmente desde que completou a meta dos 100 anos. Parecia que ele nunca iria morrer.
É uma inspiração para todos os artistas, seja cineastas, pintores, escultores, designers. A sua vontade de criar algo mais e a sua inquietação interior são exemplos a seguir para que sejamos mais criativos e para que aproveitemos melhor o mundo que nos rodeia. É uma pessoa com a qual gostaria de ter conversado.
Morreu com projectos em mente, por realizar, e disse várias vezes: "Não olho para o que fiz, olho para o que vou fazer". Termino um total de 106 frases que Manoel nos deixou, para além dos seus filmes, que podem ler-se [aqui].
Neste momento, o mundo está em luto.
“O verdadeiro criador é inquieto. Inquietação é vida.”
Sem comentários:
Enviar um comentário