Para uma nova
fase do projecto, que incluí a realização de um livro e de uma revista, o
Dadaísmo tem de ser, em certa parte, a nossa fonte de inspiração, a nossa
referência.
O Movimento artístico Dada nasceu em
Zurique durante a Primeira Guerra Mundial, num clube de artistas chamado
Cabaret Voltaire. Este movimento caracteriza-se pela sua faceta de
irracionalidade, falta de sentido e organização, que claramente se destaca
comparativamente aos padrões de arte habituais e perante à época de guerra que
se vivia na altura. Questiona a verdade da originalidade, dando a hipótese de
que qualquer pessoa possa ser artista e afirmando que qualquer coisa pode ser
arte, até mesmo a própria vida. Um dos objectivos do dadísmo era conseguir
fazer com que as pessoas reflectissem sobre as coisas, sobre o quotidiano,
olhassem para as coisas sempre de uma maneira diferente.
Walter
Benjamin refere-se ao dadaísmo como uma "maneira importante de reproduzir
arte", quando escreveu The Work of
Art in the Age of Mechanical Reproduction.
Os dadaístas estavam, por assim dizer,
revoltados com tudo, mas não pretendiam mudar o mundo, apenas manifestarem-se à
sua maneira - através da arte. Eram inconformistas.
O Dadaísmo
foi claramente uma grande influência para o desenvolvimento da arte,
contagiando rapidamente o mundo inteiro pelo seu carácter crítico inovador, que
ainda hoje pode ser visto em épocas de crise e de protesto.
Assim, o
Bairro da Liberdade, para nós, passa a não ser um bairro, mas sim outra coisa
qualquer. Através de manifestos gráficos, iremos explorar o nosso lado
Dada sobre o bairro, iremos sair da nossa zona de conforto, pondo de parte as
ideias e interpretação mecanizadas.
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