II Encontros de Design de Lisboa




Na passada quinta-feira, dia 13 de Novembro, juntaram-se designers e estudantes para comentar e documentar o design. Um espaço dedicado à reflexão e comunicação, tendo sempre como tema base o design, enquanto projecto e área essencial nos dias de hoje.

A protagonista, para mim, foi, sem dúvida, Viviana Narotzky. A sua apresentação agarrou todos os ouvintes. Começando por explorar o que tinha mudado no design e expondo, por fim, projectos inovadores que provam essas mudanças. Referiu alterações como: a quantidade - “the world is full of things” - e a qualidade - “the enf of perfection” - que caracterizam a produção em massa, deixando uma peça de ser perfeita na sua unicidade.

De todos os projectos que Viviana nos deu a conhecer, aquele que achei mais interessante foi a Droog. Esta empresa consiste no Design for Download, ou seja, uma plataforma online que aproxima o fabricante, o designer/marca e o utilizador/consumidor, “a new way to download, design, make and share digital design”. Para o designer a grande vantagem é poder fazer o upload dos seus produtos e dar a conhecer a todo o mundo o seu trabalho de forma segura; o fabricante consegue arranjar mais trabalho o que, por sua vez, significa mais ganhos financeiros; e, não menos importante, o consumidor, que poderá, com base no produto do designer, personalizá-lo da forma que mais gostar, alterando, assim, a ideia criativa original do designer.


Apesar deste ter sido aquele que mais agarrou a minha atenção, não pude deixar de estar atenta aos restantes projectos e ir pesquisar um pouco mais no fim do dia. Entre eles Fixperts, FabLab, Wikihouse e os artistas Bison Kintsugi e Ron Arad, do qual se destacava o projecto “Not made by hand, not made in china”.

A segunda parte deste encontro, iniciou-se com a oradora Helena Barbosa, que nos falou de um estudo aprofundado que fez sobre os cartazes durante o seu doutoramento. Não deixando de ser uma apresentação um pouco mais monótona, achei especialmente interessante todo o pormenor que teve de analisar em cada cartaz, desde a tipografia, à assinatura do autor, às ilustrações e as entrevistas que teve de fazer a uma série de designers portugueses. Deu-nos uma grande noção de estudo enquanto processo moroso para se chegar a um resultado final verdadeiramente consistente e com fundamentos. Já Francisco Providência abordou o tema “Design Português”. Estas duas apresentações permitiram-me fazer uma ligação directa à cadeira Códigos e Linguagens, na qual estudamos a evolução da comunicação visual e o design enquanto meio que actua nessa comunicação.

Para concluir, creio que este Encontro foi para além de informativo, bastante esclarecedor e importante, tendo em conta que estou agora a tornar-me uma designer.

Sem comentários:

Enviar um comentário