MERD À SOMBRA 1 | Resultado Final


Olhááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááááá MERD À SOMBRA!

MERD À SOMBRA reflete toda a essência do bairro. É um jornal crítico que expõe sarcasticamente a passividade que cobre as não-ações da população do Bairro da Liberdade. Os moradores não se revoltam contra as parcas condições em que vivem, tanto falta de água canalizada como a própria casa ser pouco mais que uma barraca melhorada.

Obviamente, a sátira começa no nome do jornal e estende-se pelos artigos, com especial incidência no “testemunho de libertino rapaz”. A referência formal é o primeiro fascículo da revista MERZ. No entanto, vários foram os conteúdos inspirados quer em experiências da Grécia Clássica (bostro fredor na página 4), quer na música 5ª Sinfonia de Beethoven, ou na cultura popular portuguesa na página 9.

Parte da crítica exercida sobre a inércia da maior parte dos moradores é apoiada pelo Ultimatum Futurista de Almada Negreiros nas páginas 5 e 6. Ademais, e o que resume e conclui o propósito da primeira edição do jornal, é o decreto-lei da décima página. A lei decreta que todo o morador do Bairro da Liberdade deverá ser condenado à damnatio memoriae (apagamento da História), e portanto ficar confinado à área do bairro, caso resista às ações libertadoras de Diogo Alves.

Os textos são apoiados pelo tipo Perpetua de Eric Gill, que por sua vez se inspira em gravações em pedra mas que, dado à sua relação com a sua filha Perpetua, confere ao texto a dualidade de uma séria legibilidade com uma história nada convencional, rompendo com as regras morais tal como o movimento dadaísta rompe com as convenções artísticas.



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